Embasa deixa diversos bairros de Livramento de Nossa Senhora sem água, a situação pode favorecer que o coronavírus se espalhe no município. Os moradores dos bairros, Estocada, Benito Gama, Recreio, Barriguda, Beira Rio e São Jose, estão sem água desde sábado (20/03). No momento em que a OMS – Organização Mundial da Saúde declara a pandemia do Covid 19, a Embasa deixa vários munícipes livramentenses sem poder sequer lavar as mãos com água e sabão.
O cidadão abre a torneira e não tem água, os reservatórios também já secaram. Em um grupo do WhatsApp, do Livramento Manchete, vários membros fizeram a reivindicação. Os participantes dizem: “Isso é revoltante, sem água para lavar as mãos, a população de Livramento que está em plena quarentena baixa a guarda para o covid-19″. Para os moradores, a falta de planejamento da empresa de saneamento, é inadmissível deixar vários bairros sem água há mais de cinco dias.
De acordo com a Embasa, a empresa está trabalhando para regularizar o abastecimento em Livramento de Nossa Senhora após problemas operacionais causados pelas chuvas afetarem o funcionamento da Estação de Tratamento de Água. A produção de água tratada foi restabelecida no início da manhã da última terça (24) com 65% do volume necessário para atender a cidade. Por este motivo, algumas áreas ainda registrarão variações da pressão na rede distribuidora durante as próximas 48 horas, período em que a oferta de água será gradativamente ampliada e o abastecimento regularizado.
Até que o fornecimento de água tratada esteja completamente regularizado, é importante que a população de toda a cidade utilize de forma criteriosa a água armazenada nos reservatórios domiciliares e evite desperdícios.

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em cadeia nacional nesta terça-feira (24) minimizando o surto do novo coronavírus, atacando os meios de comunicação e governadores e repetindo que há uma “histeria” em torno de uma “gripezinha”. Bolsonaro disse que começou a enfrentar o novo coronavírus desde a chegada dos brasileiros que estavam quarentenados em Wuhan. Segundo o ex-capitão, ele e o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, lutaram “quase contra tudo e contra todos”.

Para Bolsonaro, os meios de comunicação “espalharam a sensação de pavor” no Brasil e promoveram o que ele chamou de “histeria” no país. O presidente mais uma vez minimizou a doença que já matou mais de 16 mil pessoas nos últimos três meses. Segundo ele, a realidade que afeta a Itália não será a mesma no Brasil por conta do clima – o que não é comprovado cientificamente.

Indiretamente, ele atacou o Jornal Nacional – ao citar um pedido de “calma” feito pelos âncoras do telejornal – e a TV Globo, usando o médico Dráuzio Varella, que em janeiro havia apontado que o cenário no Brasil seria outro em razão de pesquisas que circulavam naquela época.

O presidente mais uma vez mostrou-se mais preocupado com a economia do que com o contágio da doença e defendeu que se voltasse à normalidade do país. “Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas autoridades devem abandonar medidas de isolamento”, afirmou, atacando governadores e negando orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O que se passa no mundo mostra que o grupo de risco são as pessoas maiores de 60 anos. Não tem por que fechar escolas”, disse ainda o ex-capitão. Segundo a OMS, crianças já morreram em razão do novo coronavírus.

No pronunciamento, que durou cerca de 4 minutos, Bolsonaro ainda voltou a citar a cloroquina como uma possível cura da doença, exaltando o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “Acredito em Deus que irá capacitar médicos e pesquisadores”, disse ainda. Assista o Pronunciamento do Presidente.