A operação policial aconteceu no último domingo (14), no município de Capim Grosso, no norte do estado.

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, na última terça-feira (11), na qual lamenta “a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno” das eleições deste ano. Os bispos recordam que a manipulação religiosa desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no país.

Leia o pronunciamento na íntegra:

NOTA DA PRESIDÊNCIA

“Existe um tempo para cada coisa” (Ecl. 3,1)

Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-presidente da CNBB

Dom Mário Antonio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

Baixe a nota na íntegra (aqui).

Na quarta-feira dia 06/10, Edmar Bertulino dos Santos foi condenado pelo crime de homicídio, ele vai vai pegar 13 anos e 9 meses de prisão, acusado de assassinar Marcelo da Silva, vulgo “Marcelo Cigano”, no município de Cotegipe em 2015. A condenação ocorreu durante sessão do Tribunal do Júri da Comarca de Barreiras, em que a promotora de Justiça Stella Athanazio de Oliveira Santos atuou na acusação. De acordo com ela, no dia do crime, Edmar Bertulino e um comparsa se deslocaram de lbotirama para Cotegipe, onde se encontrava a vítima. Chegando na cidade, assassinaram Marcelo com disparos de arma de fogo, após o crime eles fugiram. A promotora de Justiça registrou que os dois homens ceifaram a vida Marcelo a mando de outra pessoa, mediante paga e promessa de recompensa.

Gildásio de Jesus, foi condenado na última sexta-feira (07), a 22 anos e 8 meses de prisão pelo crime de feminicídio. Ele assassinou a ex-companheira com golpes de arma branca (faca). Gildásio foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Brumado. Segundo a promotora de Justiça Daniela de Almeida, que atuou na acusação, o réu cometeu o crime no dia 05 de julho de 2018.

O acusado entrou na casa da ex-companheira Zilma Lima Bernardes, com quem conviveu por 30 anos, quebrou a porta de vidro da sala com uma ferramenta pé de cabra e iniciou uma luta corporal com a vítima na garagem da residência, onde a golpeou com uma faca artesanal. Ainda segundo as investigações, Gildásio estava separado de Zilma há cerca de quatro meses e decidiu matá-la pelo simples fato dela não ter atendido duas ligações que ele teria feito para a vítima pouco antes do ocorrido e por desconfiar que a mesma tinha relacionamento com outro homem. O feminicídio aconteceu na presença do filho da vítima.

 

A 1.500 metros de altitude, na região sudoeste da Chapada Diamantina, o dito popular de que “cunhado nem parente é” se desmancha no ar. Quase todos os 1,2 mil habitantes da comunidade portuguesa de Mato Grosso, em Rio de Contas, se ramificam da mesma árvore genealógica. Há um costume, tão antigo quanto o próprio povoado, de primos se casarem entre si, perpetuando os laços de sangue. “Não se sabe dizer exatamente quando essa tradição começou. Atualmente, muitos casamentos já se estabelecem entre pessoas de outros locais, mas ainda há os que mantiveram o modelo familiar”, explica Ana Angélica Mafra, de 44 anos. Ela mesma se casou com seu primo de primeiro grau, Valdeck Mafra, de 59. Juntos têm uma filha, de 23.

A família Mafra é, justamente, o máximo divisor comum entre todos os descendentes lusos de Mato Grosso. Quando os recenseadores do IBGE percorrerem as ruas de pedra para aplicar questionários do Censo 2022, boa parte dos moradores indicará o sobrenome nos fichamentos — outros, também comuns, convergem à mesma origem, como “Freire”, “Oliveira” e “Silva”.

“A família Mafra é dominante. São portugueses que vieram no período do ciclo do ouro em Rio de Contas, ainda no século XVIII. Muitos já estavam no Brasil, nos garimpos de Minas Gerais, e migraram quando souberam da descoberta do metal nesta região”, conta Shirlene Mafra, doutora em Memória e Linguagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A descoberta do ouro aconteceu em 1710, durante uma expedição encampada pelo bandeirante Sebastião Raposo no leito do Rio Brumado. Antes, na área onde hoje é a cidade de Rio de Contas, havia um povoado de negros alforriados e fugidos chamado Pouso dos Criolos. A cobiça pela riqueza trouxe rápido desenvolvimento à região, na qual, por ser um quilombo, vivia propositadamente isolada de outras freguesias. Em 1718, no ponto mais alto da Serra do Barbalho, foi erguida a comunidade portuguesa, inicialmente com o nome jesuíta de Santo Antônio de Mato Grosso.

Foto: Acervo da Família

Uma das hipóteses que explicaria o início da tradição para os casamentos consanguíneos seria um senso eugênico de preservação do sangue europeu para não misturar com o dos negros escravizados, trazidos para trabalhar no garimpo. Hoje, em Rio de Contas, existem também duas áreas quilombolas preservadas: Barra e Bananal — nenhuma delas mantém casamentos entre familiares.

Embora a tese do isolamento tenha força como suposição, não há comprovação histórica que a sustente à luz da ciência. “Estas comunidades se relacionam de forma intensa há muito tempo, inclusive com ajuda mútua. Não há um sentimento de segregação, embora a gente entenda que, lá atrás, a escravidão era um ponto de separação. Hoje existe uma ressignificação muito forte e um sentimento de união e pertencimento de quilombolas e portugueses”, pontua Shirlene.

“Algumas das minhas melhores memórias são as grandes festas que aconteciam no povoado. E era sempre comum ver pessoas dos quilombos ali entre a gente, interagindo e participando das relações sociais”, completa o engenheiro elétrico José Roberto Mafra, 48 anos, hoje morando em São Bernardo do Campo (SP).

Seguindo o abecedário matrimonial, ele também se casou com uma parente, embora já tenha se divorciado. Saudosista do seu “lugar no mundo” mantém uma página no Facebook sobre Mato Grosso. “A energia elétrica só chegou lá em 1987. Desde então, muita coisa mudou com a chegada das influências externas. Algumas tradições portuguesas foram se perdendo e, hoje, por exemplo, enfrentamos problemas sérios de som alto que tiram a costumeira tranquilidade do lugar”, cita.

Tradição galega
A pesquisadora Nereida — também uma Mafra — tentou rastrear a origem do sobrenome em Portugal, durante a pesquisa para o doutorado. “Achei que encontraria muitas referências à nossa família por lá, mas foi uma decepção. Não existem famílias Mafras na cidade de Mafra. Não localizei também relações entre os habitantes com a migração para Rio de Contas”, pontua.

Em sua pesquisa, no entanto, Nereida encontrou fortes indícios de que os migrantes da Chapada podem ter vindo da Galícia — entre o norte de Portugal e o noroeste da Espanha, país do qual a região pertence. “O fenótipo das mulheres de Mato Grosso é muito parecido com as galegas. Estatura mediana, pele branca, cabelo e olhos claros”, relaciona.

A comparação se estende a outras áreas, como a Arquitetura e a Linguística. “Existe um tipo de cerca de pedra que se encontra em nossa comunidade, que é muito semelhante ao confeccionado na Galícia. E é um formato muito próprio. Outro ponto é o tipo de português falado em Mato Grosso. A palavra ‘varrer’, por exemplo, é falada ‘barrer’. É uma forma do galego, em substituir o v pelo b”, diz. Nereida também pontua a cultura do quintal. “Os galegos costumam plantar hortaliças em seus terrenos e, ainda hoje, é esse tipo de atividade desenvolvida em Mato Grosso”.

Parte do clã Mafra reunido (Foto: Acervo da família)

A comunidade portuguesa, essencialmente agrária, abastece tanto Rio de Contas quanto Livramento de Nossa Senhora com produção de tangerina (chamada por lá de laranja poncã), café e flores — os dois últimos, se intensificam no inverno. Virou também ponto turístico pela preservação da arquitetura, do chão de pedra e, literalmente, pela hospitalidade familiar que oferece ao visitante.

Povoado tem incidência de doenças congênitas
Os laços consanguíneos misturados por três séculos trouxeram uma frequência de doenças autossômicas recessivas para a comunidade. Essas más formações acontecem quando há uma forte combinação de genes não dominantes de pais e mães, próprio em reprodução entre familiares.

“Os relacionamentos consanguíneos aumentam a chance de um casal ter filhos com condições genéticas recessivas. E, quanto maior o número de casamentos consanguíneos entre os ancestrais do mesmo lado da família em comum do casal, maior a chance. Quanto mais próximo for o grau de parentesco, maior a chance de filhos com condições genéticas recessivas. Por exemplo, no caso de primos de primeiro grau, o risco é maior do que para casal de primos de segundo grau”, explica Larissa Souza Mario Bueno, médica geneticista.

Entre os casos mais conhecidos destas doenças estão a fibrose cística, a anemia falciforme e a fenilcetonúria (quando o fígado não consegue processar tipos específicos de aminoácidos). No teste do pezinho é possível avaliar essas enfermidades. “Eu e meu esposo só tivemos uma filha, que nasceu saudável, e tive medo de ter outros. A gente vê muitos casos de crianças com deficiências em Mato Grosso (comunidade de Rio de Contas). Nunca houve um estudo detalhado, mas muito se fala dessa relação”, conta Ana Mafra.

“Quando sabemos que os pais são portadores para uma única condição genética recessiva, o risco para filhos afetados por esta condição é de 25% a cada gestação. Hoje dispomos de testes genéticos para identificar variantes causadoras de condições recessivas, o que é especialmente útil para aconselhamento reprodutivo dos casais consanguíneos, permitindo o diagnóstico da condição de portadores mesmo antes de terem um filho afetado”, explica a doutora Larissa Bueno.

Do Correio 24h para a Rede Nordeste.

A Polícia Civil da cidade de Barreiras, no Oeste da Bahia, conseguiu identificar dois homens suspeitos de terem baleado um adolescente que atacou a Escola Municipal Eurides Sant’Anna, e matou a cadeirante Geane da Silva Brito, de 20 anos. O garoto teria invadido a unidade escolar no dia 26 do mês passado, ele pulou o muro da escola e atirou contra alunos, a jovem cadeirante foi atingida e morreu no local.

Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, o delegado da cidade, Rivaldo Luz, que investiga o caso, comunicou na última quinta-feira (29), que os atiradores contra o adolescente seriam policiais que estavam à paisana. Um deles é vizinho da escola, e foi ao local após escutar os disparos realizado pelo autor do ataque, e o outro foi acionado por um dos funcionários do colégio.

Os policiais investigados prestarão depoimentos na delegacia. O adolescente que foi baleado durante o atentado segue internado no hospital, e seu estado de suade é estável, mas sem previsão de alta medica. Ele está apreendido pela polícia e breve prestará depoimento. O garoto teria entrado na escola com um revólver e um facão, de repente atacou os colegas realizando vários disparos com a arma de fogo.

Um homem de prenome Jucileio de Souza Santos, apelido “Leim”, foi encontrado morto na tarde desta segunda-feira (03), por volta das 15:45H, no Bairro Benito Gama, em Livramento de Nossa Senhora. Conforme informações obtidas pelo Livramento Manchete, Jucielio estava fazendo churrasco em um terreno baldio que fica localizado aos fundos da creche. Ele foi encontrado morto com cortes pelo corpo, aparentemente golpes de arma branca (faca).

A Polícia Militar foi acionada para registrar a ocorrência, posteriormente os militares comunicaram o Departamento de Polícia Técnica sobre o homicídio. O corpo foi removido do local após o levantamento cadavérico e encaminhado ao IML de Brumado. Jucielio residia no Bairro Benito, mas os familiares dele residem na comunidade de Mucambo Malheiro, zona rural de Livramento, onde será sepultado. Ainda não há informações das causas do crime, a Polícia Civil deve investigar o caso.